Frutas desidratadas: nutrição para o ano todo

Por Mônica Benarroz – Nutricionista do Grupo COI

Abacaxi, ameixa-preta ou vermelha, banana, caqui, carambola, cereja, damasco, figo, kiwi, laranja, maçã, morango, pera, tâmara, uva, e muito mais. Uma variedade de cores e sabores faz das frutas desidratadas um grande atrativo para decorar os pratos doces e salgados, além de enriquecer as refeições.

As frutas desidratadas nada mais são do que frutas frescas que perderam água por um processo natural ou por auxílio da tecnologia. São naturais e preservam as suas propriedades, mas, por estarem desidratadas, são enrugadas e às vezes pouco atrativas. Elas têm grande quantidade de calorias e substâncias nutritivas, como, por exemplo, vitaminas A e do complexo B, potássio, magnésio, selênio, cálcio, ferro. Também são ricas em fibras e substâncias antioxidantes, como os flavonoides (presentes na maioria das frutas) e os carotenoides (especialmente nas frutas de cor alaranjada).

Apesar de muito calóricas, essas frutas podem compor uma alimentação balanceada e nutritiva de qualquer pessoa; o segredo está na quantidade. Em média, uma porção de 30 gramas de frutas desidratadas tem 90 calorias, um pouco a mais que uma porção média de frutas frescas. Vale ressaltar que uma banana prata média de 100 g pode ter 100 calorias, ao passo que uma fatia média de 100 g de melão, apenas 30g. Para aqueles que precisam manter ou controlar o peso, a frequência e a variedade são mais importantes que a restrição. Não vale a pena ser radical.

As frutas desidratadas podem ser consumidas de diferentes maneiras: como pequenos lanches ou como ingredientes de uma refeição, como uma simples sobremesa ou ingrediente de uma requintada guloseima. Elas podem ser adicionadas ao arroz, à salada, em preparação de aves, ao sorvete, aos bolos e biscoitos, às barras de cereais e a diversos quitutes.

Uma curiosidade: o baixo teor de água e a alta concentração de açúcar fazem das frutas desidratadas um alimento de fácil armazenamento e transporte, uma vez que não precisam de refrigeração, não estragam facilmente e por isso podem ficar na bolsa, na mochila e na gaveta do trabalho.

Na hora de “beliscar” um biscoitinho com café, que tal substituir por um punhado de uva-passa ou por algumas unidades de damasco seco ou ainda por umas fatias de maçã desidratada?

Pense nisso!


Frutos oleaginosos: pequenos no tamanho, mas grandes em nutrição

Por Patricia Albuquerque – Nutricionista do Grupo COI

Os frutos oleaginosos, ou simplesmente as nozes, são representados pelos seguintes frutos: amêndoa, pecã, castanha-do-pará, castanha de caju, pistache, avelã, macadâmia, noz e castanha. Dentre as suas características, estão o alto teor de proteínas e as gorduras monoinsaturadas. Também são fontes de vitaminas do complexo B e vitamina E; de vários minerais como cálcio, ferro, magnésio, potássio, selênio, zinco; de fibras e de substâncias biologicamente ativas, com propriedades funcionais. Por isso, a inclusão desses frutos na alimentação é cada vez mais valorizada, contribuindo para a promoção de saúde e a prevenção de doenças.

Os oleaginosos, além de nutritivos e promotores de saúde, são ricos em calorias e, por isso, devem ser consumidos com moderação, compondo uma alimentação equilibrada. Para as pessoas fisicamente ativas ou para aquelas que têm longos intervalos entre as refeições, consumir alguns gramas de oleaginosos pode ser uma excelente estratégia de associar prazer e nutrição em pequenas porções diárias.

Um detalhe importante: graças à quantidade de gorduras presentes nos oleaginosos, eles são facilmente oxidados ou contaminados por fungos, podendo causar riscos à saúde. É importante prestar atenção no momento da compra e do armazenamento, uma vez que o estado de conservação dos frutos deve ser observado. O gosto e o cheiro alterados e a presença de manchas brancas ou escuras podem ser sinal de deterioração do produto.

As pessoas que têm algum tipo de alergia alimentar devem ficar atentas, já que, embora nutritivos, esses frutos podem provocar reações alérgicas.

No Brasil, país das frutas tropicais, o consumo de oleaginosos é frequentemente baixo e, muitas vezes, de forma pouco saudável, pela adição de açúcar, de gordura e de sal, como, por exemplo, as castanhas caramelizadas ou salgadas.

No período das festas de fim de ano, muitas pessoas costumam usar os oleaginosos para decorar pratos tipicamente natalinos e, dessa forma, são estimuladas ao consumo do fruto de forma in natura.

Abaixo seguem as sugestões de dois pratos simples e nutritivos.
Experimente!

Salada verde com castanha-do-pará e molho cítrico

Hortaliças: acelga, alface romana, alface americana, agrião, tomate cereja, azeitona preta, castanha-do-pará em lascas.
Molho: suco de limão, suco de laranja-pera, azeite, vinagre balsâmico.

Obs.: Misture os ingredientes secos e separe-os em vasilha própria.
Adicione o molho na hora de servir.

Arroz com amêndoas

  • Arroz integral (temperado com azeite e cebola e alho picados).
  • Amêndoas laminadas, levemente douradas na manteiga.
  • Salsinha picada para decorar o prato. Obs.: Após o arroz ficar cozido, adicione as amêndoas, misturando delicadamente. No final, salpique a salsa.

Driblando a dor comendo bem colorido

Por Mônica Benarroz – Nutricionista do Grupo COI

Todo o mundo sabe que a dor é uma sensação tão desagradável que, às vezes, não temos vontade de fazer nada, nem de comer. Mas também todo o mundo sabe que comer é uma condição básica para tornar nosso organismo mais forte. Então, como resolver esse dilema?

A dor pode ser provocada por várias situações, dependendo do momento da doença. Para isso, existem vários tipos de medicamentos para seu alívio. Isso ajuda a melhorar o ânimo e aliviar a dor, o que é ótimo, mas pode trazer alguns incômodos na função intestinal.

Popularmente conhecida como “prisão de ventre”, a constipação é um sintoma muito comum em pacientes que fazem uso de analgésicos opioides, como o tramadol, a codeína e a metadona. A constipação tem como característica principal o esforço e a dificuldade na evacuação, o desconforto abdominal, além de outros sintomas. Nesse caso, o melhor tratamento é o uso regular de laxante, que deve ser prescrito pelo médico, associado ao exercício e à alimentação laxativa.

Com o objetivo de prevenir a constipação e tornar sua alimentação mais nutritiva, saborosa e regada de otimismo, vale a pena lembrar que o consumo regular de suco de frutas naturais e um prato colorido de salada podem ajudar a manter o corpo mais nutrido, e o intestino funcionando melhor.

Investir na qualidade de vida através do controle da dor e do alívio dos sintomas é mais uma forma de cuidado integral.

Seguem algumas dicas para prevenir e tratar a constipação:

  1. Preferir alimentos ricos em fibras, como as frutas frescas, as hortaliças cruas e os cereais integrais;
  2. Adicionar azeite na comida (pelo menos 1 colher de sobremesa);
  3. Beber pelo menos 2 litros de líquidos por dia, preferencialmente sem açúcar e sem gás, para evitar distensão abdominal;
  4. Beber sucos laxativos regularmente;
    Água de coco com couve e cenoura
    Suco de laranja com mamão e ameixa-preta
    Suco de manga com abóbora e espinafre
    Suco de maracujá com beterraba e salsa
  5. Reduzir o consumo de massas e frituras.

Plantas medicinais: um alerta para o paciente oncológico

Por Mônica Benarroz – Nutricionista do Grupo COI

O consumo de remédios à base de plantas medicinais como um recurso terapêutico é uma realidade muito comum em diversas culturas do mundo. A motivação varia em prevenir ou tratar diferentes tipos de doenças e melhorar a qualidade de vida. Nos pacientes com diagnóstico de câncer, tal prática também é observada, e a razão pode ser para controlar os sintomas provocados pela quimioterapia, fortalecer o sistema imunológico e até a cura.

A fitoterapia é o emprego de plantas medicinais com propósito preventivo ou curativo. Todas as partes das plantas medicinais – das flores às raízes – contêm algum teor de substâncias com propriedades biológicas e podem ser consumidas em diversas formas de preparação, tais como: chás, xaropes, sucos, tinturas, pó e cápsulas. Esses produtos são encontrados tanto industrializados, na forma de fitoterápicos, vendidos nas farmácias ou nas lojas de produtos naturais, quanto na forma de planta in natura ou desidratada, comercializada em feira livre, em lojas de produtos naturais e em outros comércios. Também existem plantas medicinais cultivadas em casa, pelo próprio consumidor, como o boldo e a hortelã, por exemplo.

A maioria dos consumidores acredita que as plantas medicinais são seguras e menos tóxicas que os medicamentos alopáticos (remédio comum), porque são naturais e por isso teriam menos efeitos colaterais. Mas, na realidade, as plantas medicinais podem desencadear um conjunto de reações indesejadas, quando consumidas de modo inadequado, por exemplo, junto com medicamentos alopáticos. O risco de alterações é uma realidade para indivíduos que fazem uso de medicamentos para controle de hipertensão, diabetes, trombose, depressão, etc. Esse risco é aumentado para os indivíduos com problemas renais e hepáticos, bem como para aqueles em tratamento de quimioterapia.

Para evitar qualquer reação indesejada, seguem algumas orientações:

  • Informar o profissional de saúde (médico, farmacêutico, enfermeiro ou nutricionista) o consumo de algum produto à base de planta medicinal. Ele pode orientar a melhor forma de consumo.
  • Não consumir nenhum tipo de planta medicinal junto com outros medicamentos ou outras plantas medicinais, a fim de evitar reações indesejadas.
  • Certificar-se de que o produto adquirido, seja na forma de chá, seja na de cápsula, seja de outra maneira, é um produto com registro na ANVISA, com número de lote e data de vencimento, uma vez que são maneiras de garantir a qualidade do produto.
  • Não comprar “plantas medicinais” em feiras livres ou em locais duvidosos, por não haver controle de qualidade nesses locais.
  • Não fazer uso de ”chás” ou “sucos” desintoxicantes de modo indiscriminado. Isso pode provocar desequilíbrio metabólico.

Dietas: nem tudo que é moda é bom!

Por Mônica Benarroz – Nutricionista do Grupo COI

Durante os tratamentos anticâncer, o paciente, frequentemente, passa por alterações de peso corporal. Quando o ganho de peso é notório e indesejado pode desencadear, no paciente, um desejo de emagrecer a qualquer preço, sem considerar os hábitos alimentares saudáveis e o exercício físico nessa decisão. Nesse momento as dietas da moda são uma tentação. Afinal, quem nunca ouviu falar de uma boa dieta milagrosa?

As dietas da moda são conhecidas por serem muito restritivas e assim favorecer uma grande perda de peso em pouco tempo. Mas nenhuma dieta garante resultado em longo prazo e, além disso, podem causar riscos à saúde, como anemia, hipovitaminoses, etc. Quando a dieta acaba e o individuo retoma seus hábitos alimentares, ocorre uma rápida recuperação do peso perdido. Assim, algum tempo depois, ele vai voltar a procurar uma nova dieta milagrosa, podendo desencadear o famoso “efeito sanfona”.

Além de frustrante, o resultado desse tipo de regime que envolve uma grande restrição alimentar pode ser perigoso. O nosso corpo precisa de todos os nutrientes, pois cada um deles desempenha uma função especifica no organismo. Retirar um ou mais nutrientes da nossa alimentação pode, portanto, provocar carências nutricionais, com efeitos na pele, no cabelo e nas unhas, cansaço, ou até mesmo sérios prejuízos à saúde. Outro ponto importante a ser destacado é que a perda de peso obtida nessas dietas corresponde principalmente à perda de agua e de massa muscular. Isso mesmo! Como o metabolismo fica mais lento devido à supressão de muitos nutrientes, perde-se pouquíssima gordura.

Mudanças no comportamento alimentar nem sempre é uma tarefa fácil para atingir o objetivo do emagrecimento. Na tentativa de fazer as variadas dietas da moda, ao invés de se melhorar os hábitos alimentares, se comete cada vez mais erros. Cada pessoa tem uma necessidade nutricional especifica, de acordo com sexo, idade perfil. É por isso que a prescrição de uma dieta deve ser individualizada.

Para emagrecer com saúde, não ha segredo! A forma mais eficaz e saudável de perder peso é associar a alimentação balanceada à pratica regular de atividade física. Ter e manter bons hábitos serão sempre a melhor escolha!


Alimento saudável é alimento seguro

Por Monica Benarroz – Nutricionista do Grupo COI

Toda vez que falamos de alimentação saudável, imediatamente pensamos num lindo prato de salada ou num belo café da manhã composto de frutas e sucos. Tudo bem colorido.

O conceito de alimentação saudável não está baseado apenas nos ingredientes naturais e coloridos presentes nas diferentes refeições, mas também na segurança alimentar que preza pelas condições de higiene durante a manipulação, a confecção, a venda e o consumo dos alimentos.

O alimento seguro (um prato de comida, um sanduíche, uma fruta, etc.) é aquele que, além de fornecer nutrientes importantes ao organismo, garante que esse esteja livre de micro-organismos que possam causar doenças e trazer prejuízos à saúde.

As doenças vinculadas por alimentos (DVAs) devem ser uma preocupação de todos, uma vez que a responsabilidade é tanto daquele que fabrica e vende o alimento quanto daquele que compra.

Qualquer pessoa pode consumir um alimento contaminado por micro-organismos, mas algumas delas são mais sensíveis às infecções, como por exemplo, as gestantes, as crianças, os idosos e as pessoas doentes. Nesses casos, a atenção deverá ser maior com as ações de prevenção e cuidado.

Nós, os consumidores, também somos responsáveis pelo combate dessas doenças vinculadas por alimentos; por isso, seguem algumas dicas que certamente nos ajudarão a prevenir as DVAs.


Desnutrição: é possível prevenir e tratar

Por Monica Benarroz – Nutricionista do Grupo COI

A perda de peso antes do diagnóstico do câncer é um problema frequente. Pode estar relacionada à falta de apetite, ao desânimo e às alterações da função digestiva. Muitas vezes, a perda de peso não planejada é a principal causa de o paciente procurar o médico e, após a realização de exames, descobrir que a causa do emagrecimento está associada ao câncer.

A perda de peso terá impacto negativo na qualidade de vida da pessoa com câncer, visto que o emagrecimento pode levar à desnutrição e provocar prejuízo em diferentes dimensões: biológica, emocional e social (ver quadro).

De modo geral, a desnutrição é o resultado do desequilíbrio entre a oferta de alimentos (nutrientes e calorias) e o gasto de energia (atividades regulares). Entretanto, a pessoa com câncer, em muitos casos, pode ter maior gasto de energia por causa da doença.

A boa alimentação é um fator determinante para a saúde de qualquer pessoa, particularmente para aquelas que fazem tratamento para combater o câncer. Os alimentos não curam o câncer, mas fortalecem o organismo para poder suportar os tratamentos que possam ser necessários, desde cirurgias até tratamentos combinados, como, por exemplo, quimioterapia associada à radioterapia.

A proposta da alimentação balanceada, adequada e com horários regulares é prevenir e corrigir as possíveis alterações de peso e deficiências nutricionais.

Algumas vezes, é necessário fazer uso de suplementos nutricionais, principalmente para quem apresenta sinais graves de desnutrição.

A assistência nutricional pode ajudar a identificar problemas relacionados à alimentação/nutrição e contribuir para o sucesso do tratamento.


Frutas vermelhas

Por Luciana Fernandes – Nutricionista do Grupo COI

A cor avermelhada de frutas como melancia, morango, pitanga e goiaba é originada pelo pigmento contido nesses alimentos.
O ser humano não é capaz de produzir tal pigmento, o licopeno.

Por isso, precisa obtê-lo por meio da sua alimentação. A quantidade de licopeno contida em cada alimento é variável e depende de vários fatores como maturação, local de plantio, transporte e armazenamento.

O licopeno é um antioxidante, por isso muito importante para nossa saúde. Ele protege a camada celular, auxilia no bom funcionamento cardiovascular e é fundamental na prevenção de alguns tipos de câncer, como o de próstata.

Aproveite o benefício das frutas vermelhas em sua alimentação. Além de antioxidantes, são ricas em fibras e vitaminas. Podem ser consumidas frescas ou na forma de sucos.


Obesidade e câncer

Por Monica Benarroz – Nutricionista do Grupo COI

Conforme tratamos no artigo anterior, a obesidade é uma doença com diferentes causas e pode desencadear outras doenças, entre elas o câncer. Assim como a obesidade, o câncer também é considerado um problema de saúde pública mundial.

Segundo os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o câncer é uma das doenças que mais mata no mundo. Em 2012, foram mais de 8,2 milhões de pessoas. Mas o curioso é que 30% dos cânceres poderiam ser evitados de diferentes maneiras, e uma delas é o controle do peso corporal associado à alimentação saudável e à atividade física.

Muitos estudos demonstram que o excesso de gordura corporal aumenta o risco de câncer em diferentes órgãos, tais como esôfago, pâncreas, intestino, rim, bexiga, endométrio e mama, em mulheres, na pós-menopausa.

Os mecanismos que fazem a gordura corporal aumentar o risco para desenvolver o câncer ainda estão sendo estudados, mas acredita-se que o excesso de gordura provoque um processo de inflamação crônica no organismo, favorecendo o aparecimento do câncer. Por isso, os pesquisadores são enfáticos em orientar que a manutenção do peso corporal adequado para a altura e a idade reduz o risco de câncer. O IMC (Indice de Massa Corporal) é a forma matemática de verificar se a pessoa está ou não com o peso adequado (ver quadro).

De modo geral, a manutenção do peso adequado depende diretamente do balanço entre o consumo de calorias dos alimentos e bebidas ingeridos e a utilização dessas calorias nas atividades exercidas. Por isso, os atletas de alto rendimento podem consumir até oito mil calorias ao dia, o que não é o caso da maioria das pessoas.

A alimentação saudável deve oferecer nutrientes necessários para o bom funcionamento do corpo, considerando os seguintes tópicos:

  • Quantidade: as refeições devem ter quantidade suficiente de alimentos, conforme as necessidades individuais (faixa etária, sexo, estilo de vida).
  • Qualidade: as refeições devem ser variadas com diferentes grupos de alimentos (hortaliças, frutas, carne, aves, pescado, leite e derivados, etc.).
  • Proporção: as refeições devem ser equilibradas, favorecendo a oferta dos nutrientes conforme recomentado pela OMS: maior consumo de hortaliças, consumo médio de carnes e laticínios e menor consumo de alimentos gordurosos e açucarados.
  • Adequação: as refeições devem ser planejadas e preparadas considerando a realidade econômica, social e clínica do indivíduo.

Logo, uma alimentação saudável precisa ser completa, equilibrada e variada. Vale ressaltar que alimentação saudável é diferente de “dietas restritivas”.

Manter o peso adequado é uma decisão importante para a saúde física e mental. Alimente essa ideia!


Obesidade: um desafio para todos durante a vida toda

Por Monica Benarroz – Nutricionista do Grupo COI

Falar de obesidade não é um assunto muito simpático, apesar de o tema ser frequentemente estampado em várias revistas e debatido em muitos programas de rádio e televisão. Ainda, assim, é necessário provocar algumas reflexões sobre o tema.

Nosso objetivo é descrever algumas causas e consequências da obesidade e, de alguma maneira, influenciar seu comportamento alimentar.

Queremos descortinar esse problema que afeta tantas pessoas, de diferentes classes sociais, escolaridades e nacionalidades. Afinal, o mundo todo está com a sua atenção voltada para a obesidade, que vem crescendo a cada ano e provocando muitos impactos negativos, tanto para o individuo quanto para a sociedade, perpassando todos os ciclos da vida: infância, adolescência, juventude, maturidade e velhice.

A obesidade é uma doença complexa, caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal e resultante de diversas causas, ou seja, possui dimensões sociais, biológicas e psicológicas.

O impacto da obesidade na saúde física e emocional tem reflexos na saúde pública, provocando o aumento de diversas doenças crônicas e debilitantes – pressão alta, diabetes, inflamação nas articulações, gordura no fígado, alguns tipos de câncer – muitas vezes acompanhadas com dores crônicas e deformações físicas. Além das doenças físicas, muitas pessoas desenvolvem depressão e o sentimento de impotência diante do drama de não conseguir emagrecer.

O comportamento alimentar é um fator determinante tanto no controle como no tratamento da obesidade, já que a escolha dos alimentos determinará a quantidade, a variedade e a frequência dos grupos de alimentos consumidos.
Se possui várias causas, a obesidade precisa ter várias formas de tratamento, incluindo mudanças no estilo de vida. Não existe uma fórmula mágica nem um caminho fácil.

Mas como posso mudar meu estilo de vida e hábitos tão arraigados?

Das diferentes formas de tratar a obesidade, a mais importante é a motivação de querer mudar. Não é tão fácil, mas as mudanças acontecem de modo gradativo.

Seguem algumas estratégias que podem ajudá-lo a criar outros hábitos, combater a obesidade e ter uma vida mais saudável (QUADRO).

Lembre-se de que o tratamento depende de várias ações, algumas vezes com ajuda de profissionais especializados, além de muita determinação.